Tecnologia de medição segura para hidrogênio - Desafios e soluções
Por que o hidrogênio exige tanto da tecnologia de medição?
Que propriedades químicas especiais fazem do hidrogênio um desafio?
Apesar de sua estrutura atômica simples de apenas um próton e um elétron, o hidrogênio tem propriedades químicas complexas. Aspectos particularmente críticos:
- Alta reatividade: O hidrogênio forma misturas explosivas com o oxigênio - a energia de ignição é 15 vezes menor do que a do metano.
- Difusividade: As pequenas moléculas penetram em materiais metálicos, o que pode levar a vazamentos. Em sensores de pressão cheios de óleo, por exemplo, o óleo pode inflar.
- Fragmentação de hidrogênio: O hidrogênio se acumula nas bordas de grão dos metais, o que pode levar ao enfraquecimento com o passar do tempo e até mesmo à ruptura repentina.
Para enfrentar esses desafios, os fabricantes de tecnologia de medição de hidrogênio utilizam materiais especiais, como aço inoxidável 316L, e revestimentos inovadores, como ouro-ródio.
Por que a medição de pressão e nível de hidrogênio é tão complexa?
O hidrogênio é armazenado sob pressão muito alta ou temperaturas extremamente baixas. Essas condições impõem altas exigências à tecnologia de medição. O hidrogênio geralmente é armazenado sob uma pressão de 400 a 700 bar, por exemplo, em tanques de alta pressão ou sistemas compressores. O desafio aqui:
- Sensores precisam suportar pressões extremas sem perda de precisão.
- É necessário evitar a fadiga do material causada pela fragmentação do hidrogênio.
- A longo prazo, a difusão pode prejudicar a estabilidade das células de medição de pressão.
Para essas aplicações, a VEGA oferece soluções robustas, como o VEGABAR 83, que é capaz de medir pressões de até 1.000 bar. A célula de medição metálica isenta de óleo evita o desvio causado pela difusão de hidrogênio, enquanto o revestimento de ouro-ródio oferece proteção adicional.
Para reduzir o volume, o hidrogênio é também liquefeito e armazenado na forma líquida. O gás é resfriado para temperaturas de -240 a -253 °C. As temperaturas extremas representam desafios especiais para a tecnologia de medição:
- Em temperaturas próximas ao zero absoluto, os sensores precisam operar de forma estável.
- Os materiais de vedação têm que ser capazes de suportar temperaturas extremamente baixas sem se fragmentarem.
- Deve-se evitar pontes térmicas, pois as menores diferenças de temperatura podem levar à evaporação.
A VEGA aposta aqui em sensores de radar de onda guiada da série VEGAFLEX, que permitem medições confiáveis, mesmo com constantes dielétricas baixas.
Que soluções a VEGA oferece para a tecnologia de medição de hidrogênio?
A VEGA desenvolve sensores sob medida para aplicações de hidrogênio que funcionam de forma inteiramente confiável, mesmo sob condições extremas. Algumas das principais características:
- Células de medição CERTEC®: As células de medição de cerâmica funcionam sem a necessidade de óleo no selo diafragma e não apresentam, portanto, problemas de difusão.
- Revestimentos de ouro-ródio: Reduzem a difusão de hidrogênio em componentes metálicos do sensor e evitam a fadiga do material.
- Compensação de temperatura e pressão: Garante a precisão dos valores medidos, mesmo em processos dinâmicos.
- Sistemas de vedação à prova de difusão: Evitam fugas de hidrogênio nas conexões do processo.
O VEGABAR 83 é ideal para o uso industrial em sistemas de alta pressão, enquanto o VEGABAR 82 com célula de medição de cerâmica foi construído especialmente para produtos agressivos, como, por exemplo, solução de hidróxido de potássio em eletrolisadores.
Qual a importância da segurança na tecnologia de medição de hidrogênio?
A segurança é um aspecto fundamental da tecnologia do hidrogênio. A faixa de explosividade do hidrogênio é muito ampla: Misturas com oxigênio ou ar são explosivas com parcelas de hidrogênio de 4 a 77% do volume. Além disso, o hidrogênio tem uma energia de ignição extremamente baixa. Para minimizar os riscos, são usados conceitos de proteção em vários estágios:
- Proteção primária contra explosão: Evitar misturas explosivas, por exemplo, por meio da separação segura de hidrogênio e oxigênio em eletrolisadores.
- Proteção secundária contra explosão: Eliminação de fontes de ignição por meio de sensores intrinsecamente seguros com baixa demanda de energia elétrica.
- Proteção terciária contra explosão: Medidas de limitação de danos, caso ocorra uma ignição.
Os sensores da VEGA possuem certificação ATEX, IECEx e SIL e permitem o uso sem riscos em atmosferas potencialmente explosivas e em funções de segurança.
Como a digitalização contribui para a segurança dos processos?
Além da medição propriamente dita, a moderna tecnologia de sensores oferece funções digitais adicionais que contribuem para a segurança operacional. Os sensores da VEGA dispõem de:
- Funções de autodiagnóstico: Monitoramento permanente do status do sensor para detectar rapidamente anomalias.
- Transmissão digital de dados: Integração perfeita em sistemas da Indústria 4.0por meio dos protocolos IO-Link e HART.
- Acesso remoto via Bluetooth: Manutenção e parametrização a uma distância segura.
O VEGA Inventory System permite ainda o monitoramento preditivo de estoque para evitar escassez e planejar o reabastecimento em tempo hábil.
Como a VEGA protege seus dispositivos contra ataques de hackers?
A crescente digitalização e a interconexão dos processos industriais aumentam a vulnerabilidade das plantas a ataques cibernéticos. Os instrumentos de medição também estão sendo cada vez mais visados por hackers. A adulteração desses instrumentos não só põe em risco a segurança dos dados, mas também prejudica significativamente a segurança operacional. Portanto, é fundamental proteger a tecnologia operacional (OT) de forma eficaz para preservar o controle da produção e a integridade dos sistemas de medição contra ataques. A VEGA enfrenta esses desafios com um conceito de segurança abrangente, integrado, por exemplo, no VEGAPULS 6X. Esse sensor de radar atende aos requisitos da norma IEC 62443-4-2 e oferece proteção confiável contra manipulação de dados, espionagem e ataques de negação de serviço, graças a uma abordagem de proteção em vários níveis (Defense-in-Depth). Entre as medidas de segurança mais importantes estão:
- Transmissão criptografada de dados como proteção contra ataques cibernéticos
- Autenticação de usuários para bloquear o acesso não autorizado
- Verificação da integridade do firmware para garantir que sejam executadas apenas atualizações de software autorizadas
- Registro de eventos, que documenta tentativas de manipulação
Outro elemento central da estratégia de segurança da VEGA é a Product Security Incident Response Team (PSIRT) da própria empresa. Essa equipe monitora continuamente a situação da segurança, faz atualizações preventivas e reage rapidamente a possíveis ameaças. Ao combinar segurança cibernética, segurança funcional e mecanismos de proteção digital, a VEGA contribui para manter as plantas de hidrogênio seguras, mesmo num mundo onde tudo está interconectado.
Concluindo: Tecnologia de medição segura para aplicações com hidrogênio
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